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O Facebook está me vigiando — e compartilha esses dados com mais gente

Sabe o susto em abrir o celular e receber uma propaganda falando exatamente do assunto sobre o qual você conversou com alguém? Se você nunca passou por essa situação, pelo menos já ouviu alguém contar que passou. Não é?


“Eu estava contando para um amigo sobre a vez que visitei o famoso sofá de Friends, em Los Angeles. Ao abrir o app do Facebook no celular, ele recebeu uma propaganda da série Friends sem nada ter sido digitado, apenas falado”; 


“Fui com alguns amigos em um evento degustar uma bebida e, não tendo cadastrado ou escrito nada em nenhum lugar, recebemos o anúncio da bebida nos nossos celulares ao fim do dia”.


Esses dois exemplos são recorrentes do que podemos imaginar porque, sim, alguém está te vigiando. E esse alguém são os algoritmos das plataformas online que você usa. 

No caso do Facebook, a última notícia é que essa vigilância foi dividida com as operadoras de celular nos Estados Unidos, segundo matéria publicada pela Intercept em 20 de maio de 2019.


De acordo com um documento confidencial do Facebook, que foi acessado e analisado pelos jornalistas do Intercept, cerca de 100 empresas de telefonia receberam a oferta de dados retirados diretamente do smartphone dos usuários. Dentre as informações compartilhadas, o Facebook fornece dados técnicos sobre os dispositivos usados, uso de redes Wi-Fi e de celular, localizações anteriores, interesses e até mesmo grupos sociais dos quais os usuários fazem parte. 


Os dados foram coletados pela plataforma Facebook via o uso do site e do aplicativo, além dos aplicativos Instagram e Messenger — que fazem parte da mesma empresa, a Facebook Inc.. Dentre os usos dados a essa informação recebida pelas operadoras estão desde a avaliação da concorrência — como entender porque usuários migram de uma operadora para outra — até a produção de anúncios segmentados por raça (sim!).


Essa parceria foi anunciada em 2018, em uma aparentemente inocente publicação no blog da plataforma Facebook. O texto do artigo, intitulado “Divulgação de ferramentas para ajudar os parceiros a melhorar a conectividade”, sugere que o programa “Actionable Insights” visa a solução de conexões fracas de dados celulares ao redor do mundo e faz apenas uma breve menção do propósito de “possibilitar melhores decisões de negócios” por meio de “ferramentas analíticas”. Mas, de acordo com materiais analisados pelos jornalistas do Intercept, o benefício do programa é na verdade ajudar as corporações a usar os dados pessoais dos usuários para comprar publicidade direcionada.


 

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imagem de capa: Intercept.com

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